domingo, 15 de novembro de 2009

Diversas formas de distanásia

Defendem os Bispos que ter a intenção de provocar a morte por acções ou omissões ou ajudar o suicídio, decidindo a hora da morte, é para um cristão eticamente inaceitável.

Sob a capa da compaixão para com quem sofre, com o pretexto de cumprir um gesto de humanidade, a sociedade não procura meios para viver dignamente esta fase da vida que constitui a proximidade da morte. Ora a “eutanásia ou a ajuda ao suicídio são formas desumanas de lidar com a pessoa que vive o seu processo de morrer”.

Há contudo legitimidade para a distanásia, ou seja, renunciar a recorrer a um conjunto de intervenções médicas “desproporcionadas face ao bem global que a pessoa poderá vir a experimentar”. Respeitar o curso normal da vida do qual faz parte a morte não é matar, como na eutanásia, mas deixar morrer, sem com isto negligenciar os cuidados básicos da alimentação ou hidratação. De facto, “proteger a vida não significa prolongá-la a todo o custo”. Como não é lícito intervir para antecipar directamente a morte, também não é obrigatório moralmente prolongar a vida.

Então os senhores bispos distinguem, na distanásia, entre a omissão de hidratação e a omisão de oxigénio? Vamos lá a ver: é inaceitável a omissão demanter os cuidados básicos de alimentação, mas não será igualmente obrigação manter os cuidados básicos de medicamentação? Uma das eutanásias é boa e outra má?

Que grande confusão aqui vai!

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