sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Da carne aos ossos

O Red Bull Air Race vai embora. Para o sítio do costume: o mesmo onde está o dinheiro surripiado desviado da UE e que se destinava ao norte.

Igreja escondeu abusos de crianças por parte de padres católicos





 Nada há de mais hediondo do que abusar sexualmente dre crianças. Como agravante, registe-se o facto de se tratar de crianças frequentemente institucionalizadas, tornando mais dilacerante o seu desamparo.

Que castigo espera estes padres? Nenhum, provavelmente. Mas o mais justo é que as suas pilas sejam arrancadas com um alicate rombudo. A prisão não é castigo suficiente para estas Bestas de batina.

Por parte do Vaticano, a maior associação de malfeitores de que há memória, nem uma reacção. No caso dos bispos americanos, esconderam tudo durante todo o tempo. Agora, assobiam para o lado...

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

A nova avaliação de professores

Não se conhecem razões objectivas, em nenhuma carreira profissional, para que aqueles que a percorrem tenham necessariamente de a terminar no seu escalão mais elevado, graças à mera passagem do tempo. Os lugares de topo são, por definição, escassos e investidos de especiais responsabilidades.

Nada a opor. Ainda que se acuse o ME de apenas pretender estabelecer entraves à porgressão na carreira por razões meramente económicas e não profissionais, aceito sem reservas que nem todos cheguem ao topo, independentemente do mérito.

É justamente por isso que uma avaliação de desempenho eficiente, simples e rigorosa, equilibrada e discriminadora - capaz de separar os medíocres da grande mediania e esta das actuações excepcionais - é uma ferramenta imprescindível para promover a subida de nível dos resultados em qualquer profissão.

A questão é saber se os entraves colocados à progressão automática são promotores do mérito ou meramente administrativos. Como se faz essa avaliação? Quais as "bitolas" utilizadas? Quais os parâmetros de avaliação? Quais os referenciais/referentes?

Por maioria de razão, na dificílima tarefa que está cometida aos professores, cujos resultados não se medem em quantidades físicas nem em produtividades facilmente mensuráveis. A nova ministra da Educação avançou já com o gesto carregado de valor simbólico de abolir as duas categorias diferenciadas na carreira dos docentes não universitários, substituindo-o pela promoção sujeita a vagas. O problema da criação de um sistema de avaliação credível e separador do trigo e do joio, esse, mantém-se (ainda) em aberto.

As vagas reflectem uma medida economicista ou um interesse efectivo em promover a melhoria do sistema educativo?

Do passado, há um eco perturbador por parte da actuação dos professores: raríssimas foram as vozes entre eles que tiveram a inteireza de denunciar em público a farsa na qual se transformara a pretensa avaliação em vigor. Dava então muito jeito ir na onda (essa, sim, vergonhosamente facilitista!) de créditos amealhados tantas vezes sem critério ou de relatórios em copy-paste.

Nada a opor. Pelo contrário, acrescento que geração que hoje está no final da carreira amealhou tudo o que pôde, encheu os bolsos à custa das confusões pós-25 de Abril e instalou-se tranquilamente à sombra da bananeira.

A questão do momento é, assim, inquietante: poderá esta classe profissional renascer do seu laxismo moral do passado, pugnando hoje pela avaliação rigorosa e exigente que o futuro reclama?

Não, porque há alguns professores que não querem, de facto, ser avaliados. Seja qual for o sistema. E, provavelmente, são os mesmos que já estão acomodados.

No blog PROFESSORES LUSOS acrescentei este comentário:

Tendo a concordar com o editorial quando acusa a classe de laxismo moral. A anterior "avaliação" era uma fantochada de créditos obtidos em "acções de formação" inúteis e com relatórios de auto (sublinhe-se o AUTO)-avaliação feita com base em relatórios policopiados. Lembram-se os mais velhos que houve luta contra uma tal avaliação, mas também houve comodismo e acomodação após esse impacto inicial. O que significa que as clientelas estavam satisfeitas: satisfeitos os avaliados, por fazerem formações menores e baratas; satisfeitos os sindicatos, por constituírem centros de formação profusamente pagos pelo erário público (já ninguém se lembra do Torres Couto?); satisfeitos os governantes, pois assim domesticaram a única classe com massa cinzenta durante décadas.

Afinal, que avaliação querem os professores? Eu, que também o sou, diria que quero uma avaliação não administrativa, mas reconhecedora do mérito; não condicionada a quotas, mas sujeita a entraves que permitam a separação do trigo e do joio.

Se os professores não querem (também) este modelo, está na altura de apresentar um. Que seja razoável, pois a proposta da fenprof não o é. É mais do mesmo.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Anos 80: No país dos rodinhas

Quem cresceu durante os anos 80 tem de lembrar-se disto:


domingo, 15 de novembro de 2009

Eta James, "I just wanna make love to you"

Diversas formas de distanásia

Defendem os Bispos que ter a intenção de provocar a morte por acções ou omissões ou ajudar o suicídio, decidindo a hora da morte, é para um cristão eticamente inaceitável.

Sob a capa da compaixão para com quem sofre, com o pretexto de cumprir um gesto de humanidade, a sociedade não procura meios para viver dignamente esta fase da vida que constitui a proximidade da morte. Ora a “eutanásia ou a ajuda ao suicídio são formas desumanas de lidar com a pessoa que vive o seu processo de morrer”.

Há contudo legitimidade para a distanásia, ou seja, renunciar a recorrer a um conjunto de intervenções médicas “desproporcionadas face ao bem global que a pessoa poderá vir a experimentar”. Respeitar o curso normal da vida do qual faz parte a morte não é matar, como na eutanásia, mas deixar morrer, sem com isto negligenciar os cuidados básicos da alimentação ou hidratação. De facto, “proteger a vida não significa prolongá-la a todo o custo”. Como não é lícito intervir para antecipar directamente a morte, também não é obrigatório moralmente prolongar a vida.

Então os senhores bispos distinguem, na distanásia, entre a omissão de hidratação e a omisão de oxigénio? Vamos lá a ver: é inaceitável a omissão demanter os cuidados básicos de alimentação, mas não será igualmente obrigação manter os cuidados básicos de medicamentação? Uma das eutanásias é boa e outra má?

Que grande confusão aqui vai!

Defender casamento 'gay' não é católico?

A corja de inúteis sobrealimentados continua a debitar opiniões sobre a vida dos outros, mas com as mesmas dificuldades em analisar a própria. Manuel Morujão, secretário da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), admitiu que o debate sobre os casamentos homossexuais deve ser efectuado, mas referiu que quem o defende não é católico. "Estamos a falar de uma tendência. Um católico deve aderir à doutrina católica, mas esta, não vai por ai", afirmou o padre.

O que estes parasitas sociais não dizem é que estão sistematicamente, freudianamente em luta contra aquilo que têm (?) no meio das pernas - o sexo. Se vivessem uma sexualidade plena, sadia e respeitável, não teriam centenas de bispos acusados e condenados, nos EUA, por abuso sexual de menores.

Mas, pelos vistos, é-lhes mais importante determinar as preferências sexuais dos outros do que condenar inequivocamente os eunucos simbólicos que contam entre si. Para eles, é mais grave alguém ter uma relação homossexual feliz do que ser pedófilo - se for clérigo.

Manifesto

"O Insensato" é um blog pessoal no mais puro sentido da palavra: tão pessoal que @ autor@ não pretende, sequer, divulgar a sua identidade. Até porque isso não interessa nada.